Perceba-me,
não sabes do que eu sou capaz,
atiro-me no precipício da vida,
faço jogo de amor,
curo feridas.
Devoro,
as cartas do passado.
Minha digestão,
acontece em passo marcado.
Sou a donzela.
A vilã,
que se enclausura na cela,
se desmantela.
Sem timidez,
sou a bela e a fera.
Perceba,
meus mansos olhares e,
minhas falas ferozes.
Meu andar ritmado,
como quem está sempre atrasado.
Tenho pressa,
corro,
não me impeça.
Eu avanço,
faço-o preza certa,
saciar de minha fome,
inquieta.
Sussurro teu nome,
te juro,
amores.
Saboreio,
teu corpo-teu gosto-teu cheiro,
que me vira ao avesso,
e me remonta por inteiro.
Perceba-me,
eu sempre quero,
um pouco mais,
que me faça,
e desfaça.
impávido,
teimoso.
Aponta, para os deleites,
de minha corrida.
Eu quero vencer a vida.
ouça o que falo,
veja o que faço.
Afaste-se de meu corpo,
Pois neste jogo,
vitória é fácil.
Eu te enlaço.
e bendita.
Mulher,
De mistérios e,
credos.
Perceba-me,
e desejaras,
ser minha vítima.
"Existe mais do que se vê em cada ser, e por eles, pode haver um desejo imenso de ser perder.
Perceba e perca-se, será um novo viver"