Perceba-me,
não sabes do que eu sou capaz,
atiro-me no precipício da vida,
faço jogo de amor,
curo feridas.
Devoro,
as cartas do passado.
Minha digestão,
acontece em passo marcado.
Sou a donzela.
A vilã,
que se enclausura na cela,
se desmantela.
Sem timidez,
sou a bela e a fera.
Perceba,
meus mansos olhares e,
minhas falas ferozes.
Meu andar ritmado,
como quem está sempre atrasado.
Tenho pressa,
corro,
não me impeça.
Eu avanço,
faço-o preza certa,
saciar de minha fome,
inquieta.
Sussurro teu nome,
te juro,
amores.
Saboreio,
teu corpo-teu gosto-teu cheiro,
que me vira ao avesso,
e me remonta por inteiro.
Perceba-me,
eu sempre quero,
um pouco mais,
que me faça,
e desfaça.
impávido,
teimoso.
Aponta, para os deleites,
de minha corrida.
Eu quero vencer a vida.
ouça o que falo,
veja o que faço.
Afaste-se de meu corpo,
Pois neste jogo,
vitória é fácil.
Eu te enlaço.
e bendita.
Mulher,
De mistérios e,
credos.
Perceba-me,
e desejaras,
ser minha vítima.
"Existe mais do que se vê em cada ser, e por eles, pode haver um desejo imenso de ser perder.
Perceba e perca-se, será um novo viver"
4 comentários:
Devoro-te!!
Que poema magnífico Dayzita!!
Nossa,exprime muita coisa que há em mim,já disse,é incrível o poder que você tem de fazer singularidades tornarem-se universais!!
Basta conhecer,e se apixonar se torna um detalhe,mas o destino muitas vezes não facilita os encontros,e os desencontros tornam-se assassinos de possíveis amores e paixões!
Lindo,com alma e classe!
Beijos Day,continue assim!
Lindo poema Dy!
Um retrato seu e de todos nós, seres multifacetados, similares, mas jamais iguais.
Bjos mil
Oi, Priscila!
Aqui você foi primorosa no ritmo, no encadeamento imagem-música. Esse é teu melhor poema até aqui.
Dá pra pensar em te jogar uns versos na mão e acompanhar a continuidade que você dará a eles...
Parabéns!
Beijos,
Marcelo.
Dayane,
que belo poema!
Senti-me “devorada” por suas palavras e ritmo vibrante. Não há quem não sinta, no metro tão bem cadenciado, a solicitude de sua solicitação: - Sim, poetisa, nós a percebemos... há talento em suas linhas!
Lindo o seu blog, mais ainda por sua essência poética; ou melhor, quimeras!
Abraços, HF.
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