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Palavra dita de tão longe


"O desconhecido, se reconhece, ao pulsar de qualquer coração ligeiro."


Eu não sei qual idioma você fala,
não sei quais são,
as suas preferidas palavras.

Não busco os seus olhares,

não os tenho.
Não conheço sua fala,
seja ela mansa, ou agitada.

Imagino eu, o teu sorriso, límpido,
o momento que sorri, e se perde na liberdade de existir.

Eu não conheço os seus caninos.
Eu não sei de ti.
Quisera eu, estar contigo.

Quisera você se lembrar de estar comigo,

no meu inexistir, é que existo.

Faço de ti, figura imaginária,

que vaga.

Perambulando por minhas palavras,

fazendo-se estrada.

O caminho que percorro, na madrugada.
Saudade de outrora,

o seu espaço.

É o vazio que trago agora.



3 comentários:

*Carol Porne* disse...

Lindo demais esse poema!

Eu sinto que esse poema reflete bem o que é escrever no mundo virtual...nós não sabemos quem vai ler e essas figuras desconhecidas tem opiniões que podem ser muito diferentes das nossas. Mas, se assim for, eles acessam outro blog né? rsrs

Mas as vezes as idéias são tão semelhantes, tão unidas... tanto que se depois as pessoas se conhecem não tem como não ficarem amigas! Não é verdade?

Desculpe ter sumido do seu blog viu...e até a próxima!
Bjinhos

Camilla de Godoi disse...

Ai ai Dayzita!
Cada vez melhor sua poesia!!
Lindo,é estranho como seus sentimentos parecem tão universais,ao menos pra mim...
Já postei viu,correria total linda!!
Beijos!

Marcelo Novaes disse...

Oi, Day!
Sublinhando em negrito algumas passagens categóricas, claras, MOSTRANDO OS TEUS CANINOS, MESMO QUE DIGA NÃO CONHECER OS DO PERSONAGEM... rs rs rs
Esse é um belo poema sobre a proximidade inevitável que une almas aparentadas...(Que parentesco, hein?! Qual?! Qual?!Serão almas-primas?!))
Por razões de imagem-musicalidade,um dos melhores poemas que eu li aqui. Certamente.

Beijo,

Marcelo.