Nos retratos,
estão retratados,
os sorrisos que não foram dados.
Estes foram forjados.
Não há registrada lágrimas, que rolaram.
Apenas sorrisos não esboçados,
com a verdade que lhes pertence.
Esse sorriso está ausente,
da boca da moça sorridente.
Esta imagem mostra somente,
seus quinze dentes.
E ao longe a sombra,
da marca d'água,
da lágrima que rolara,
hoje e ontem.
Esta moça,
têm o sorriso profano dos que mentem.
E a sublimação,
oriunda da profundidade,
do mar que existe em seus olhos e
em sua alma, instantaneamente contente.
D y a n e P r i s c i l a
Minhas Quimeras
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Eternamente Admirados
Marcadores: amor, emoção, felicidade, fotografia, revelação, sorriso
Eu quero o mais belo sorriso,
estampado no rosto.
E das dores,
eu quero o oposto.
Uma alma tão leve que possa voar.
E leve consigo os martírios de um mal dia,
e as não conquistas,
que hei de conquistar.
Um rosto seco ao vento,
briza suave,
que descabele e faça-me gargalhar.
Marcadores: amor-próprio, esperança, felicidade, verdade
Vi folhas caírem.
E desejei cair,
do meu mundo de farsas,
pilastras falsas,
que teimam em me sustentar.
Marcadores: amor-próprio, vida, vontade
Caminhe de mãos dadas comigo,
á noite.
Eu quero encontrar as estrelas que se escondem do meu olhar.
Existe avidez neste encotro,
preciso percorrer o suposto,
caminho das estrelas,
que me levará ao paraíso.
Sim, você estará comigo.
Não tenha medo de desvendar,
as estrelas não iram lhe ofuscar.
Brilhos, sempre vêm para somar,
só é preciso saber lidar.
Caminhe de mãos dadas comigo,
á noite.
Eu quero encontrar as estrelas que se escondem do meu olhar.
Nada mudará se algumas se apagarem, a beleza, é a diferença, que sempre se encontra,
tanto no céu, quanto na terra e no inferno, se você se permitir lá chegar.
Não quero voar, apenas encontrar as estrelas que se escondem do meu olhar,
você, irá me acompanhar?
Marcadores: amor, cumplicidade, estrelas, noite, vida
Violenta ela estava quando acordou, descobriu seu corpo nu e olhou o mundo ao redor.
paredes liláses, um quadro abstrato que retratava muitíssimo bem a sua vida, uma confusão plena em, espiral.
Nua permaneceu, seu corpo descoberto esfriou, sentou-se em sua cama e como todos os dias refletia, sobre uma frase que usaria.
E concluí que diria: Lilás me trás a sorte de mais um dia.
Lilás reacende as fagulhas esquecidas.
E o ritual diário começava. Seus passos sempre desleixados, jogados, pisavam em um tapete fofu,
que a mantinha longe da dureza e do frio do chão que estava sob seus pés.
Ela se protegia entre seus pensamentos e sentimentos,e todos os dias sabia, que tudo seria,
um jogo aberto de cartas marcadas, pirralha. Ela era apenas uma pirralha e se prestava,
a ser uma mulher,durante poucas horas e chorando o fazia.
"Lilás me trás a sorte de mais um dia. Lilás reacende as fagulhas esquecidas."
Lilás, é a cor do dia, a pessoa que ela nunca sentira.
Amanhã é a Rosa,
a cor-de-rosa que tomara suas paredes, preenchendo sua vida.
Eu olho pro céu.Uma moça se aproxima e me pede, me suplica: “não me faça sonhar, pelo amor dos céus!”. Eu vejo um céu, ela vê vários.Não te farei sonhar, mas acordar do sonho de estar dormindo.
NÃO TE FAREI SONHAR, MAS ACORDAR DO SONHO DE ESTAR DORMINDO!
Ela me pede, ela me avisa para que olhe de perto o planeta mais nítido. Como olhar de perto um planeta?! “Acorde do sonho de estar dormindo!”, repete ela, rindo, um riso de dezesseis dentes. Eu olho e, apesar de estar sem óculos, é como se uma lente se ajustasse aos meus seis olhos, é como se uma lente se pusesse diante de um planeta distante. E eu vejo a imagem como se estivesse à minha frente. “ACORDE DO SONHO DE SE SONHAR LONGE!”
Há círculos no céu. Sim, são muitos céus. A moça estava certa em seu cálculo monumental. Aquele planeta tem manchas vermelhas, mas não como as manchas lunares. São mais como faixas horizontais. “ACORDE DO SONHO DE TER PISADO A LUA!”, brada a mulher, rasgando a roupa. E ela sussurra: É Plutão. É Plutão. É... “ACORDE DO SONHO DE OUVIR ECOS QUANDO SE DIZ UM ÚNICO NOME!”
Eu acho estranho..., Plutão tão afastado e, no entanto, tão nítido, maior do que a própria lua que até ontem eu estava pisando. Eu digo à moça que, curiosamente, havia sonhado com aquela cena, com aqueles céus, com ela nua. Ela ri. E me diz que as manchas vermelhas que vejo são cinturões magnéticos que atraem e confinam sonhos e pesadelos.
“ACORDE DO SONHO DE SONHAR VERMELHO”.
Marcelo Novaes
www.olugarqueimporta.blogspot.com
Marcadores: Marcelo Novaes
A vaidade escorre por entre os dedos,
e no espelho o sangue escorre por entre os estilhaços,
com a sua imagem destroçada,
a partes de você por todo o chão da casa.
Quem é você agora?
Juntando os pedaços, tentando reconstruir.
A imagem se perdeu enfim,
sua prisão se desfez, diga amém.
Diga.
Voce está livre para sorrir,
sentir, e ser quem sempre quis.
Sua imagem já não existe agora.
Você é apenas o ser que quiser,
pois ninguém espera mais nada de você,
e esse não esperar,
pode ser a melhor coisa que exista.
Sinta.
Não há restrição dos seus limites,
já não existe aquele espaço retângular,
onde o reflexo, te prendia a ser eternamente,
o ser inorgânico, produzido, previsível e condenado.
Marcadores: amor-próprio, Cranberries, evolução, reconstrução, verdade, vida
Honestamente, eu já não consigo entender e tampouco respirar quando ligo a TV, fazendo uso da simplória TV aberta.
Não vou dizer que espero grandes programas culturais, até por que existe a TV Cultura para isso, e diga-se de passagem é deliciosa, mas já não sei o que esperar, além de entreterimento, tenho vivido tempos de "embabacamento", se é que isso não é eufemismo para não dizer que vivo uma fase de atrofiamento intelectual. E pior do que isso, repulguinância ao bom senso.
Falarei do que chama a atenção, do que diverte. Mulheres! Sempre elas, lindas, exuberantes, expostas, delicadas.
-Delicadas?
Não sei onde, ou quando, aliás até sei, talvez no século passado, em seus meados, pois depois, passaram por revoluções loucas e o caminho que traçaram foi bem proveitoso, pois como podemos ver, mulheres foram reduzidas a frutas. Ou deveria dizer que as frutas, que sempre estiveram lá, saborosas, cumprindo seu papel na tabela alimentícia, sendo-nos saudável, é que foram reduzidas a mulheres?
Cabe à vocês pensar!
Vivemos a moda do exagero, e tudo que é demais, é mais do que bom, e faz ganhar dinheiro, e hoje em dia quem não quer dinheiro?
Voilá!
Surgem as mulheres de peito!
E as mulheres de bunda!
E na tv, estão as de Bunda, tremendo o corpo inteiro, dentro daquele extremo exagero, quanta gostosura, flácidos ficam os pintos indefesos.
E após elas, no canal posterior, e no anterior também, competem por audiência, aquelas que passaram por mais cirurgias e conquistaram sua credencial de S.S (Super-Siliconadas, uma liga, interessante a qual abordarei em outras ocasiões). E não vou dizer que elas se afogam em seus peitos, e nem que afogariam qualquer um que se permitisse entrar naquele espaço, pois diante de todos, na telinha, vemos, bolinhas, bolas e bolões, alguns até se parecem com bolas de voley, que mal se mexem, e se aproximam do queixo da bealdade.
E esta mesma "S.S" fala toda garbosa o quanto é delicioso, não conseguir colocar um sapato, ou deitar-se de bruço. Tranformando, coisas tão simples, em grandes obstáculos, em um mesa de cirurgia, para ter um pouco mais de audiência. E a ciência, também deve ter ficado em algum lugar, junto com o bom-senso, pois achar natural acordar no meio da noite com falta de ar, asfixiada em tanto silicone, é ainda mais bizarro do que os "pequenos" tamanhos.
Ccom certeza digo, deve ter havido, erro médico, pois além de dar-lhes exageros lindos, duros e imóveis as suas bolas de silicone. Tiraram-lhe o cérebro, ou deve ter escorrido, por alguma fenda feita para a incisão e ninguém, de tão grande que era o percebeu escorrendo.
E se percebessem diriam, de nada serviria, afinal: Ela já têm peito!
E vou trocando de canal, buscando inspiração, ou apenas diversão, mas confesso, que não me divirto vendo peitos imóveis e bundas que ficam em constante terremoto.
E se tiver que ser assim, para estas eu imploro:
- Sejam apenas. Peito e bunda.
Por que até onde eu sei, frutas não falam não e escutá-las, é tão saboroso quando jiló.
Para não parecer despeito, da literalmente despeitada e desbundada.
Opto por um livro, talvez Clarice, que sendo mulher como eu, como nós, e como as frutas, imagino que diria:
(A paixão segundo S.S)
Seria um clássico não concordam?
U.t.o.p.i.a,
desejos, a centelha necessária,
oriunda do imaginário, fantástico,
da criança que existe,
em cada ser.
S.e.r,
suprimindo as vaidades,
alavancando as virtudes,
soprando briza,
em cada docê vida.
V.i.d.a,
território sinuoso,
desconcerto luminoso,
esperança que não cessa,
e não interessa,
onde dará.
O dia amanheceu cinza, poucas cores, no quadro da vida. Aquarela monocromática, pintura ressecada, envelhecida.
Olhando para o céu, via-a se apenas, incognitas desenhadas, tal qual aquelas que se tropeça no meio do caminho, quando se descuída da vida.
Algumas gotas de chuva começaram a molhar, o corpo, coberto por roupas, pesadas, de inverno, entrando pela abertura do pescoço, e a sensação térmica, fria, equivalente à que se sente quando se vive o abandono.
Caminhava, por uma rua, cheia de poças d'agua, algumas pulava, tentando estabelecer uma ligação de entusiasmo, com a nova aurora. Outras poças, lhe servia de espelho, para ver o que nelas refletia, e via apenas, um corpo, com uma pequena cabeça, e um imenso céu cinza.
- "Um pequeno homem em uma imensidão mundana". Era isso traduzindo para tudo que se sentia.
Caminhando ia, sem direção, apenas tentando amanhacer o dia, pedia sol, ou algum calor que
partisse de dentro para fora.
Um cigarro, para esquecer a monotonia.
Um amante, para esquecer da solidão vivida.
Uma paixão para gozar infinitamente em algum leito,
estando despida, desejando sentir diversas vezes, frio na espinha,
e dar cor ao dia.
É isso que sugeri um nascente monocromático,
para transformar-se em um bom e longo dia.
Marcadores: caminhar, Dia, monocromático, segestão, tranquilidade, verdade
Unhas vermelhas borradas,
no espelho uma imagem fragmentada.
Um rosto pálido, aquecido, pelo calor do vazio.
Olheiras que marcam a escuridão de sua alma,
ela queria ser simples, e real.
Mas se perdeu em algum ponto do caminho,
ela já não se reconhece,
e busca forças para continuar.
Assiste filmes, buscando viver,
escuta história tentando entender,
tudo o que a vida não lhe oferece.
Ela não é covarde pode acreditar,
mas o seu medo,
percebem todos aqueles que a olham,
na frieza da sua indiferença,
consigo e com a vida,
ela pinta as unhas de vermelho,
mas elas estão roídas.
E se esconde do escuro que se tornou,
a sua vida,
de baixo do seu edredon,
relíquia desde menina.
Ela seria uma grande mulher,
se não fosse sua vocação para ser apenas,
uma imbecil jovenzinha.
Marcadores: covardia, desamor, indiferença, invisibilidade, meninas, reúgio, unhas
É branco e não preto,
o mundo que vejo.
Sinto cheiro de flores rosas,
mas não vejo as suas cores,
e nem as cores opostas.
Eu sinto o seu corpo,
ardendo em desejo.
E minhas mãos cortornam,
seus lábios, gélidos.
Sinto a sua respiração,
ofegante, e você na constante,
vontade delirante de ter mais de mim.
Eu não posso te ver, mas posso te sentir.
E sinto seu corpo, dentro de mim.
E sua beleza me toca,
me cala.
E eu susurro sem forças,
o que jamais havia visto.
És você um homem lindo.
Que têm o mesmo cheiro.
de flor rosa,
mas com tons opostos,
ao mundo que para mim,
costumava existir.
Ainda que houvessem mentiras,
nada esconderia, o que há dentro de mim.
Existem incertezas já conhecidas,
e você passando pelo caminho de espinhos,
onde a sua flor, está guardada para o fim deste caminho.
Mas não sei se você resistirá,
não existem mais mentiras que eu possa lhe contar,
para disfarçar o sangue que escorre pelas feridas abertas.
O que te move é o aroma, das flores.
O campo florido que você sonhou desde o princípio.
E eu o vejo trilhando sem forças,
apoiado na esperança, de ter sempre esperança,
como se não tê-la fosse um pecado imperdoável.
E talvez seja.
Eu apenas secarei as suas lágrimas,
que escorrem como se fossem seu suor,
e sei que são a demonstração do seu degaste,
cansado. Chora.
E amanhã poderia ser um novo e melhor dia,
mas eu,
já não lhe contarei esta mentira.
Marcadores: amor, caminho, companheirismo, destino, força, sofrimento, verdade, vida
Entre dedos e cheiros,
mãos correm as linhas do corpo.
E a sensação da espera,
acaba,
sendo luz e vida.
Olhos fechados para o mundo,
ouvir apenas aquele batimento profundo,
um pequeno coração,
que amará tudo.
Meu olhar fixo,
perplexo,
me encontrando fora de meu corpo,
sem ser um reflexo,
muito mais que um esboço.
Uma obra divina,
saída de meu corpo,
parte minha,
parte sua.
Olhe bem para este rosto,
e este primeiro sorriso,
sendo exposto.
Momento meu que será eterno,
você se alimentando do meu corpo.
E meu amor pulsando,
em cada parte que nos une.
És você meu coração,
batendo distante deste meu desgastado,
e cansado corpo.
Hoje não quero mentir, falarei sobre as minhas verdades. A minha verdade, são sempre as minhas mentiras. E escondo do mundo, quem sou, pois seria digna de julgamentos absurdos. E não os temerei por hoje, por que por algum motivo me sinto dona do mundo, não somente do meu, mundo obscuro, mas me sinto dona desta engrenagem toda, que está em mal funcionamento.
Hoje contarei devaneios, pode apostar que sou uma mulher ferida, mas que também sou uma mulher querida. Mas sobretudo, sou uma mulher, com seu coração de fera, e seu corpo de anjo, perdido, caído no mundo, tentando resistir a tudo, esse desmoronamento diário, onde tudo, não passa de barro, que eu moldo e se dasfaz moldando-se de outra forma, através da água.
Eu não tenho medo do escuro, e está aí a clara explicação para que o meu mundo seja obscuro. Gosto de tatear e sentir, os olhos me enganam sempre, mas meu coração nunca mente. Eu não tenho medo, acredite, a minha verdade consiste em sentir e mesmo que, vendo a forma seja outra, o que sinto jamais me engana ou muda. A visão se transfigura, e sua razão se perde, pelas anomalias que ela pode conter, enigmático mesmo é ver sem se questionar, e não, sentir sem poder olhar.
Eu provaria de tudo, desde o gosto das flores, até o veneno mais puro. Minha vida não se faria se não provasse as maravilhas que existem, até mesmo na maldade. Elas, não me invadem, não me fazem sofrer, eu as vivo, como quem quer degustar as possíveis mensagens, que são do Deus para nós, e não percebemos, cegos e vazios, jogados ao mundo.
Minhas feridas são sempre muito doídas, mas cada uma delas, deixa uma marca que faz de mim dia-dia, mais bela. Uma a uma cultivo, olhando-as em silêncio absurdo, me recordando, do quanto, cada traço, me foi importante, e o bastante, para me fazer ser quem sou. Eu tenho buscado sobreviver, mas tenho vivido e saído ilesas de todos os riscos.
Minha vida é uma aventura secreta de faces, olhos e metades, que meu inteiro, sólido e ligeiro, percebe sem perceberem, e me faço a verdade absoluta, de todos os que temem, pois hoje, eu já não temo a vida, pois sei que nunca morrerei, meu maior segredo, é buscar estar viva, pulsando em sigilo, no coração de todos aqueles que me cruzam.
Eu me atiro sempre no precípicio de ser, eu, dentro de cada ser...
...Agora eu estou viva em você.
Eu tenho buscado uma simples felicidade. Um sorriso perdido no tempo, da correria do meu dia, sempre me faz sentir viva. Um sorriso alheio, dentes desconhecidos, passado inexistente e o que me existe, é apenas aquilo, dentes, boca. Sorriso!
Essa mesma felicidade, encontro em dias como o de hoje. Com um tempo aberto e claro, vento batento no calor que o sol fraco me faz sentir, e na sombra, aquele friozinho inexplicável, que arrepia o corpo. Arrepiar-se é sempre muito gostoso!
Eu poderia dizer que este sentimento se esconde de mim, mas seria mentira minha. Pois eu sei que ele está bem ali. Quando olho o céu em uma noite de outono, acredite, inspiro o ar com magia e ele me faz sentir limpa.Faz com que eu me sinta pertencente ao que há de mais lindo, eu vivo e não apenas existo, e vejo no céu as estrelas brilhando, luzes, perdidas no espaço, pedaços soltos suspensos, feitos apenas para me enfeitiçar.
Existem tantas maravilhas, que peco por não falar sobre todas, mas posso falar de pequenos prazeres, os quais chamo de felicidade.
Tomar um banho de chuva, essa delícia, é feita raramente, mas como é bom, sentir as águas do Deus, banhando nosso corpo, do céu para nós. E nós soltos, no espaço fundidos, enlaçados ao ato de se purificar.
São tantas as felicidades, pequenas mas intensas, que preferimos não nota-las, e chorarmos as delongas de dores passadas, mágoas, saudades e a incapacidade de sentir que a felicidade é um dom que nos cabe, apenas desfrutar, pois, está em nosso dia. Talvez a felicidade consista, no simples fato de respirar.
Sinto cheiro de margaridas, no ar.
Há menos tempo, do que eu imaginava.
Existem poucas opções,
nesta vaga jornada.
Onde eu,
ser do mundo.
Não sei ser mais,
do que nada.
Há menos de mim, em mim.
E tantas coisas,
e fatos,
momentos marcados,
que jamais acontecem.
Mas eu os aguardo.
Existe um destino, um caminho a ser trilhado.
Talvez uma missão,
de resguardo.
Onde possa ser sublimado,
todos os sentimentos esquecidos,
mas que sempre pulsam latentes,
no coração do anjo,
que perdeu as asas.
E hoje vaga descalça, desfrutando,
dos cacos, que lhe envadem corpo e alma.