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Sugestão monocromática



O dia amanheceu cinza, poucas cores, no quadro da vida. Aquarela monocromática, pintura ressecada, envelhecida.

Olhando para o céu, via-a se apenas, incognitas desenhadas, tal qual aquelas que se tropeça no meio do caminho, quando se descuída da vida.

Algumas gotas de chuva começaram a molhar, o corpo, coberto por roupas, pesadas, de inverno, entrando pela abertura do pescoço, e a sensação térmica, fria, equivalente à que se sente quando se vive o abandono.

Caminhava, por uma rua, cheia de poças d'agua, algumas pulava, tentando estabelecer uma ligação de entusiasmo, com a nova aurora. Outras poças, lhe servia de espelho, para ver o que nelas refletia, e via apenas, um corpo, com uma pequena cabeça, e um imenso céu cinza.

- "Um pequeno homem em uma imensidão mundana". Era isso traduzindo para tudo que se sentia.

Caminhando ia, sem direção, apenas tentando amanhacer o dia, pedia sol, ou algum calor que
partisse de dentro para fora.

Um cigarro, para esquecer a monotonia.
Um amante, para esquecer da solidão vivida.
Uma paixão para gozar infinitamente em algum leito,
estando despida, desejando sentir diversas vezes, frio na espinha,
e dar cor ao dia.

É isso que sugeri um nascente monocromático,
para transformar-se em um bom e longo dia.

1 comentários:

Camilla de Godoi disse...

Multicromático,seu mundo amanhã pode nascer.Você me disse ontem mesmo,que se é possível,viu dayzita querida,dou ouvidos a você!
Muito obrigada por tudo flor e quando precisar não se faça de rogada,ok?

Postei um poeminha hoje,depois comente sobre o que achou das reflexões que tive.

Beijos!