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As suas asas


Quero que tuas asas,
tragam a mim a liberdade,
que eu não tenho,
quando em terra,
piso.
Subverto, e inverto,
o meu mundo,
o meu grande abismo.
Divindade que não sou,
quero tuas asas,
e teus milagres,
os olhares de piedade,
que não tenho.
que não tenho.
A piedade que não sou,
quando a vida me cobra,
um único milagre.
O amar, sem ser amado
Devo voar,
mesmo que sem asas.
Elevar meus sentimentos,
outros tantos pensamentos.
Quero tuas asas,
ir para longe daqui,
deste mundo de faz de conta,
que conta,
uma história louca.
Onde todos se matam,
por conta,
de apenas um não.


"Dentro de certos seres, existem anjos, e as suas asas, seus sentimentos, nos permitem, amenizar dores, sofrimentos, levam-nos a mundos diferentes do que vivemos, basta, estarmos sensíveis para sentí-los.
Seres que julgamos comuns, tem dons, e suas asas nos tira de abismos que criamos, e neste mundo de cinzas, tona-se memória triste e o qual não iremos querer jamais regressar."

4 comentários:

Renato Alt disse...

Não acho que se possa comentar poesia, dada a natureza tão particular de cada uma.
Há que sentir.
A beleza desta que colocou aqui é indiscutivel.
Bjs.

*Carol Porne* disse...

Lindo Dy!

Vemos a liberdade e a desejamos com tal intensidade que esquecemos das nossas próprias asas, que esperam um mínimo movimento nosso para se abrirem em esplendor.

Beijos mil

Bianca Feijó disse...

Nossa, algumas coisas bastante em comum escrevemos nesse nossos ultimos posts...rsrs...

Além de muito bem escrito, adorei seu jogo de palavras.

Sua escrita sempre se encaixa com meu momento.

B.E.I.J.O.S

Marcelo Novaes disse...

Olá, Pri!

A voz que no poema busca a piedade, e a superação / sobrevôo por sobre esse mundo louco..., se continuar dando esses rasantes azuizinhos, como este aqui, vai acabar conseguindo o que pretende...

Beijos,

Marcelo.