18:51

Espero-te



Acorda-me,
do mundo dos que nada querem.
Não me deixa ainda que à respirar,
em estado de inércia.
Esperando pelo inesperado.
A mercê desta vida,
que tenho tido para mim como esquecida.
Lembra-me,
que ainda estou viva.
Sou aquela maria bonita,
que por tanto tempo te amou,
amou,
sem saber não amar.
Era eu quem o tinha,
como ser pródigo,
que jamais se ausentaria.
Tome comigo,
o cálice do despertar.
Desperta-me,
para a vida que cessou,
ao fechar da porta,
que você passou,
ao se retirar,
de minha vida.
Volte,
nem que seja,
para me lembrar,
que ainda sou capaz de amar.
Ainda que não sintas,
no silêncio do meu eu,
suplicas incansáveis,
são ditas sem falar.
Estarei a lhe esperar...
...Venha me acordar.

3 comentários:

Bianca Feijó disse...

"Desperta-me,
para a vida que cessou,
ao fechar da porta,
que você passou,
ao se retirar,
de minha vida."

Day, o texto todo é sublime demais, mas esse trecho me tocou profundamente...

Ficou PRA LÁ DE BOM!

B.E.I.J.O.S

Camilla de Godoi disse...

Day,nossa que poema tocante!
Sério,lá vem a senhorita de novo mexer com temas tão universais,e tão exclusivos ao mesmo tempo!
Sério,me tocou mesmo,me vi em seu poema,ando mega carente Dayzita!
Fiquei sem pc essas duas semanas vou tentar voltar a escrever,e editar meu último texto,que ficou com alguns erros de digitação...Mas tem um novo lá,quero dizer não tão novo,mas o último postado antes do meu pc ter pifado!
Beijos vizinha!

Marcelo Novaes disse...

Oi, Priscila!

Eis a menina inflamável de quem foi subtraída a faísca. Ela está sem ignição, sem "fôlego", sem elán vital, sem "razões (-emoções) para"... para prosseguir.

Muito bem escrito.


Beijos,

Marcelo.