"Minha verdade. Minha liberdade."
As lágrimas molharam,
meu rosto.
As lágrimas falaram,
o oposto.
(daquilo que eu falava)
As lágrimas dissolveram,
a máscara.
(que eu vestia fazendo graça)
As lágrimas desfizeram,
a minha farsa.
(que eu mantinha sempre intacta)
As lágrimas desnudaram,
o meu mundo.
(repleto de escudos)
As lágrimas descreveram,
meus abusos.
(de corpo e de alma)
As lágrimas demonstraram,
o que há de mais profundo.
As lágrimas inundaram tudo.
Escorriam como elas:
-minhas dores,
-desamores,
-saudades e,
-quimeras.
As lágrimas foram,
o meu completo absurdo.
Completude de minha mudez,
minha fala sensata,
incontida e inexata.
As lágrimas misturavam-se,
com soluços.
As lágrimas representavam,
minha covardia assistida.
As lágrimas foram,
minha maior demonstração de coragem.
Minhas lágrimas,
transformaram-se em asas.
Minha desumanização,
tornando-me,
uma divindade.
"Minha verdade. Minha liberdade."
6 comentários:
Carambaa que lindo seu post.
"As lágrimas descreveram,
meus abusos.
(de corpo e de alma)"
Muito liindo, muito forte :D
Mas queria te dizer, também, que mudei o nome do meu blog. Ele agora se chama "pés nas nuvens". :)
Tô dizendo porque vi o nome antigo(à flor da pele) do meu blog aquii, aí lembreii :D
beijoo grandee :D
Vou vim mais vezes por aqui, com certeza!
Oi, Pri!
Esse monólogo dialogal e dialogado consigo mesmo, com os parênteses trazendo adendos, completando e explicitando o que ficou entre-dito...,ficou um texto muito bom, muito claro, denso e bem narrado.
Beijos,
Marcelo.
www.taty-marques.blogspot.com
visita
Nossa!!!! Que blog mais lindo!!!! Adorei...
Muito lindo!!!! Parabéns!!!
Muito perfeito...
Muito lindo o seu blog...
Bjos!
Posso compartilhar no face com sua autoria?
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