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Espaço sem alma


Eis os olhos,
de minh'alma.

Vêem o mundo,
e não vêem nada.

Eis a face negra,
escuridão de outrora.

Hoje é luz,
claridade que irradia,
momentânea----
----lépida,
bonita-bonita!

Vejo os olhos de minh'alma,
transpassando,
meu corpo,
meu osso,
meu músculo,
meu dorso.

Já não tenho alma,
tampouco resta a mim,
calma.

Acontecera,
perdera,
sofrera,
o que fizeste a vida de mim,
o que fizeste eu de mim,
não me tive,
não fui,
e já não sou.

Não sei dizer sobre minha escuridão,
não irradio luz e calor e sabor.
Não sei dizer quem sou.
Diga-me por favor.


Se sou luz
ou
escuridão.

Raio,
ou
trovão.

Tempestade que se anuncia,
na terra que é seca,
caatinga.

Corpo sem vida,
vida sem alma.


Sedimentos e
securas,
um espaço,
onde não há nada.



"Hoje apenas escrevi...(desculpem)"

1 comentários:

Marcelo Novaes disse...

Eu te direi: tu és Priscila!
Ou, como gosta de dizer você: apenas é, e se permite estar na posição em que precisam de você.






Beijos,

Marcelo.