No passado estavam,
as palavras,
os sentimentos,
e as pessoas.
Todas estavam,
e ecoavam,
no dia-a-dia,
que certo eu tinha.
Eu era,
quem tinha que ser,
a pessoa criada,
pela vida,
pelas pessoas,
profanas ou benditas.
No passado,
haviam fatos marcados,
demarcados pela rotina.
Eu fui pouco,
e não sabia.
Não era,
não havia,
não falava e
não ouvia.
Proseava e rimava,
incertezas caladas,
pelas certezas que eram me dadas.
Eu era,
quem tinha que ser.
E essa obrigação me consumia,
me dissolvia entre as ruínas,
do que me apresentavam como vida.
E esta eu engolia,
a seco.
Sem uma dose de vinho,
ou quem sabe até mesmo de pinga.
Não esquentava,
não esfriava,
não sentia.
Faziam-me engolir sem sentir,
travando por entre minhas entranhas,
o estranho ser que por costume,
costumei-me a ser.
Acomodei-me,
no vazio de simplesmente existir.
Sem perceber.
Eu era apenas,
quem tinha que ser.
.
D y a n e P r i s c i l a
"Sou uma mulher. Um grande coração. Uma sôfrega alma, que é incansável em sua busca por aprender. Sou insaciável,sempre quero o algo mais que tens a me oferecer. Sou feita de sentimentos, porto-seguro de mim, conheço meus medos, erros e anseios. Sou movida pelo o que sinto(amor-felicidade-tristeza- saudade-medo)...Sou movida pelos meus desejos."
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Eternamente Admirados
04:11
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2 comentários:
Lindo poema Dy!
Suas palavras nos envolvem tanto que nos transportam para dentro de vc, dentro da sua mente e coração.
Bises ma amie!
Oi, Pri!
Proseava e rimava
incertezas caladas
pelas certezas que me eram dadas.
Só esse toque.
Um texto nada apático sobre a acomodação, a "moldagem"
às contingências sob a forma de anestesia. Gostei bastante, Priscila!
Beijo,
Marcelo.
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