"Cidade Grandiosa"

Eu tão-somente eu,
quando do alto avistei,
nada vi e tudo senti.
Eu que de perto pude sentir,
nada sentia e tudo via.
Era tudo e nada,
luzes reviradas,
entre acessas, apagadas.
Pessoa sedentas,
por suas casas.
Caminhando, ou na estrada.
Um fascinante movimento,
constante, gritante.
Da cidade que não pára.
Condicionam-se,
em suas travas, em suas falas.
Pedindo, negando.
Um fluxo que nunca acaba.
Como céu e inferno,
sol e também chuva.
Opostos, sobrepostos,dia-a-dia.
Deste tumulto toda vida.
Uma visão,
solidez, emoção.
Uma canção,talvez,
melodia infinita,
por suas buzinas,
cretinas.
Feita de tantos, outros.
Em meio de quantos,
tanta solidão.
Grandeza de muita expressão.
(Dyane Priscila)