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- - - Meu corpo e você



Espalme suas mãos no lençol, os arranhe e os segure com a força irreal do prazer silêncioso. Sinta seu cheiro em meu pescoço, aqueça meu corpo com o calor que esvai por entre suas pernas, no sentido oposto ao que adentro lhe invadindo por inteiro, sem medo.

Seus mistérios de gata selvagem se diminuem e se confundem com a malandragem de uma mulher muito vivida. Adoro você nos atos mais impensados da vida. Seu impulso neutro, translucido, querendo sempre mais de mim, querendo sempre a minha força, as minhas mãos com tamanha vontade de poder manipula-la como meu fantoche, neste ato, eu sou o seu senhor.

Vou te querendo de forma louca insensata, te marcando com minhas patas, sou seu animal acalentado por te ter, sou seu homem durante todo o seu viver. Sou tudo que queres, e com o olhar me pede "Quero mais de você".

Darei a você o melhor presente, espamos físico imuculado, sua morte momentânea, transcendência do seu sentir, se sentir como uma verdadeira mulher, em chamas, perfeita, absoluta, sem segredos ou dramas, você se querendo e se tendo, me querendo e recebendo, o melhor que posso lhe dar. Te completo e me complete senhora das horas, pois elas param para te ver mergulhar neste mar de prazer que se forma, no encontra absoluto entre eu e você.

1 comentários:

Ricardo disse...

Existem escritos intensos. Conjuntos de palavras que, mais do que se prestarem a comunicar, se fazem sentir. Uma pequena morte (petite mort) a cada espaço...

Seu texto está entre os melhores exemplos disso. Parabéns. Prossiga.