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03:08

Grandes Mulheres



Honestamente, eu já não consigo entender e tampouco respirar quando ligo a TV, fazendo uso da simplória TV aberta.

Não vou dizer que espero grandes programas culturais, até por que existe a TV Cultura para isso, e diga-se de passagem é deliciosa, mas já não sei o que esperar, além de entreterimento, tenho vivido tempos de "embabacamento", se é que isso não é eufemismo para não dizer que vivo uma fase de atrofiamento intelectual. E pior do que isso, repulguinância ao bom senso.
Falarei do que chama a atenção, do que diverte. Mulheres! Sempre elas, lindas, exuberantes, expostas, delicadas.

-Delicadas?
Não sei onde, ou quando, aliás até sei, talvez no século passado, em seus meados, pois depois, passaram por revoluções loucas e o caminho que traçaram foi bem proveitoso, pois como podemos ver, mulheres foram reduzidas a frutas. Ou deveria dizer que as frutas, que sempre estiveram lá, saborosas, cumprindo seu papel na tabela alimentícia, sendo-nos saudável, é que foram reduzidas a mulheres?
Cabe à vocês pensar!

Vivemos a moda do exagero, e tudo que é demais, é mais do que bom, e faz ganhar dinheiro, e hoje em dia quem não quer dinheiro?
Voilá!

Surgem as mulheres de peito!
E as mulheres de bunda!

E na tv, estão as de Bunda, tremendo o corpo inteiro, dentro daquele extremo exagero, quanta gostosura, flácidos ficam os pintos indefesos.

E após elas, no canal posterior, e no anterior também, competem por audiência, aquelas que passaram por mais cirurgias e conquistaram sua credencial de S.S (Super-Siliconadas, uma liga, interessante a qual abordarei em outras ocasiões). E não vou dizer que elas se afogam em seus peitos, e nem que afogariam qualquer um que se permitisse entrar naquele espaço, pois diante de todos, na telinha, vemos, bolinhas, bolas e bolões, alguns até se parecem com bolas de voley, que mal se mexem, e se aproximam do queixo da bealdade.

E esta mesma "S.S" fala toda garbosa o quanto é delicioso, não conseguir colocar um sapato, ou deitar-se de bruço. Tranformando, coisas tão simples, em grandes obstáculos, em um mesa de cirurgia, para ter um pouco mais de audiência. E a ciência, também deve ter ficado em algum lugar, junto com o bom-senso, pois achar natural acordar no meio da noite com falta de ar, asfixiada em tanto silicone, é ainda mais bizarro do que os "pequenos" tamanhos.

Ccom certeza digo, deve ter havido, erro médico, pois além de dar-lhes exageros lindos, duros e imóveis as suas bolas de silicone. Tiraram-lhe o cérebro, ou deve ter escorrido, por alguma fenda feita para a incisão e ninguém, de tão grande que era o percebeu escorrendo.

E se percebessem diriam, de nada serviria, afinal: Ela já têm peito!

E vou trocando de canal, buscando inspiração, ou apenas diversão, mas confesso, que não me divirto vendo peitos imóveis e bundas que ficam em constante terremoto.

E se tiver que ser assim, para estas eu imploro:
- Sejam apenas. Peito e bunda.
Por que até onde eu sei, frutas não falam não e escutá-las, é tão saboroso quando jiló.

Para não parecer despeito, da literalmente despeitada e desbundada.
Opto por um livro, talvez Clarice, que sendo mulher como eu, como nós, e como as frutas, imagino que diria:

"A liberdade já não é mais um segredo, para ser livre é preciso ter peito ou bunda."
(A paixão segundo S.S)

Seria um clássico não concordam?




01:57

Já não lhes bastava Vênus


Já não lhes bastava Vênus

A, como é bom ser receptiva e escutar o que nos dizem os homens. Já diziam os mais velhos que a mulher deveria cuidar de casa, dizem hoje os mais novos que a mulher deve cuidar de tudo, sim de tudo.

Mulheres unidas jamais serão vencidas, queimaram sutiens, em uma revolução feminista.
Digam não aos trabalhos domésticos e sim aos altos cargos executivos,
digam não à gravidez saudável, fruto do amor, digam sim ao sexo casual, vamos pegar os homens, e fazê-los de objeto para nosso prazer, alimento para o nosso ego e descarrego de nossas frustrações.

Foram fortes e corajosas, para obterem o que não tinham,mas, foram relapsas e pequenas, pois acabaram por esquecer, que já tinham grandes responsabilidades, e todas essas mudanças apenas acrescentariam, no quão é importante e dificílimo ser mulher.

Do que adiantou querer tanto mais, se já muito era o que as mulheres tinham, o pragmatismo cego por querer ter tudo de forma incessante, de fato cegou. E estas deixaram de enxergar que o simples e extraordinário fato de nascer mulher jamais permitirá que independente do que façam, venham a se igualar a um homem.

E o que vemos, é uma desvairada tentativa de provar para si mesmas, que conseguem cuidar de tudo,infelizmente, sem muito sucesso.

As mulheres de hoje, mesmo cheias de funções, já não são tão mulheres, esquecem de muito, e ainda assim, pensam estar dominando o mundo.

O mundo masculino, é claro, deixando abandonado o universo feminino.
Já diziam os antigos: os homens são de Marte, as mulheres são de Vênus.Mulheres ousadas! Não é que fizeram uma viagem longa, e acho que infelizmente sem volta.




"Ser mulher, é ser muito, ser vida e frutos, vontade intensa de ser"

Dyane Priscila
Publicado no Recanto das Letras em 16/05/2007