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- - - - - Amizade solitária



Não atreverei-me,
a contar-lhe,
que lhe aguardei.
Apenas susurro,
em forma subjetiva,
a dor da sua ausência.

Não lastimo a partida,
anseio tua presença.

Ainda que não me ouças,
no meu silêncio já conhecido,
reverberam sentimentos antigos,
saudades que não foram contidas.
Dia-a-dia por mim são vividas,
como uma forma de ter-lhe por perto,
mais perto do que ousou estar,
mais perto do que eu poderia estar,
há sempre um peso do destino,
um motivo para afastar-nos,
e não nos permite,
termos memórias de sorrisos,
lágrimas,
e sentidos.
Compartilhados,
trilhados,
juntos como um só caminho.

Aguardando este momento,
confiança deposito em meu medo,
de não ter o pouco que desejei,
e que sempre julguei merecer,
talvez não seja para eu viver esta dádiva,
e apenas carregar em meu peito a mágoa,
de esperar pelo o que não poderei ter.

Aguardo o momento oportuno,
em que hei de lhe merecer,
e fazer sorisso,
o que hoje é lágrima.
E fazer da saudade,
lembrança abstrata,
de uma amizade solitária,
guiada pela imensa vontade,
de ser a amiga que eu tanto sonhei.

Ainda espero por você.

1 comentários:

*Carol Porne* disse...

Salut Dy...!

Que triste esse poema... se descobrir parte de uma amizade solitária é muito ruim, já passei por isso, e muitas vezes ainda passo...

Mas pode contar sempre com a sua amie aqui viu? rs

Beijos Dy...bom fim de semana!