No fundo da alma, confesso existir, contentação. Inesperadamente sorriu descontente, olho em volta, há liberdade. Mas eu a chamo de vazio, quero percorrer os campos floridos de primavera, entre rosas, jasmins, violetas e margaridas. Sentir o aroma de vida, sendo penetrado em meu corpo, em meus poros,e as horas já não faram sentido, quero dia sendo noite e noite sendo dia, sair caminhando, e levando aos moribundos andarilhos, viventes, perdidos, o cheiro de vida que encanta e fascina.
Existe algo além daquela grande construção cinza. Existe vida, dentro, ao redor, em baixo e em cima.Mas após, o horizonte irradia, púrpura da tarde que finda, não é fim, é ínicio, principio de qualquer coisa que se queira, sonhe viajar, pois no mundo não existem fronteiras, o seu pensamento eleva, dores amores e quimeras. O aroma que despejo no mundo, alimenta, esses atos profundos de viver, sem acreditar estar preso em um furação monstruoso, que engolirá a todos no final.
Olhando para as minhas mãos, vejo linhas de acontecimentos, perdidos no tempo, que não existe para mim, veias correndo sangue, líquido vermelho, apaixonado por existir, quero minhas garras, ensanguentadas, vermelhas, por buscar o que quero, o que preciso sem desistir. Atingir, o ponto máximo da existência, alimentar o meu corpo e minha alma, exterminar minhas dores, medos, horrores e sentir então, a evolução chegar a mim, enfim.
D y a n e P r i s c i l a
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Eternamente Admirados
A vaidade escorre por entre os dedos,
e no espelho o sangue escorre por entre os estilhaços,
com a sua imagem destroçada,
a partes de você por todo o chão da casa.
Quem é você agora?
Juntando os pedaços, tentando reconstruir.
A imagem se perdeu enfim,
sua prisão se desfez, diga amém.
Diga.
Voce está livre para sorrir,
sentir, e ser quem sempre quis.
Sua imagem já não existe agora.
Você é apenas o ser que quiser,
pois ninguém espera mais nada de você,
e esse não esperar,
pode ser a melhor coisa que exista.
Sinta.
Não há restrição dos seus limites,
já não existe aquele espaço retângular,
onde o reflexo, te prendia a ser eternamente,
o ser inorgânico, produzido, previsível e condenado.
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