(Carlos Drumond De Andrade)
é sempre no presente aquele duplo,
é sempre no futuro aquele pânico.
É sempre no meu peito aquela garra.
É sempre no meu tédio aquele aceno.
É sempre no meu sono aquela guerra.
É sempre no meu trato o amplo distrato.
Sempre na minha firma a antiga fúria.
Sempre no mesmo engano outro retrato.
É sempre nos meus pulos o limite.
É sempre nos meus lábios a estampilha.
É sempre no meu não aquele trauma.
Sempre no meu amor a noite rompe.
Sempre dentro de mim meu inimigo.
E sempre no meu sempre a mesma ausência.
1 comentários:
Sempre bons autores!!
Sempre bons textos!
Essa é a vizinha mais poetisa que eu conheço!!!
te adoro e é assim que eu ando me sentindo,enterrada viva...
adorei o poema complementar no meu post^^
beijão dayzita!!!
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