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Lápis e Rímel


"Esse sorriso pintado, disfarsa, as marcas de tantas lágrimas derramadas."

Eu gosto do negro dos meus olhos.
O escuro que revela o claro,
que trago em minh'alma.
Eu gosto quando me faço,
quando me pinto,
me fantasio.
Sou um palhaço da vida,
dos dias,
do destino.
Não me importo com o que pensam,
eles me dizem,
o que não ouço.
Eu sou um palhaço bondoso,
aquele que faz rir,
e depois chora,
as dores que viu no mundo.
Minha maquiagem borra,
revela minha dor,
ela é preta,
escura e escorre.
Transborda meus olhos,
meu rosto,
invade meu corpo.
As dores do mundo,
entristecem o palhaço,
que agora lágrimas negras chora.


"Esse sorriso pintado, disfarsa, as marcas de tantas lágrimas derramadas."

2 comentários:

*Carol Porne* disse...

Oi Dy!

Muitas vezes a maquiagem tem essa função...não nos embeleza, mas procura ocultar sentimentos. Tentamos por fora maquiar o coração e a mente, para ver se conseguimos viver um pouco em paz.

Gostei demais desse poema!

Bises ma amie...!

Marcelo Novaes disse...

Pri!

Que gosto tem o negro desses olhos?!
É isso o que o poema descreve.

Parabéns!


Beijão,


Marcelo.