03:11

O sabor do veneno


Eu disse odiar,
falei em ódio sem exitar.
O significado não sabia,
falei por falar.
Mas a dor que causam,
palavras ditas,
as fazem feridas.

Marcas para toda a vida,
marcas das dores,
marcas infinitas.

Esse ódio,
que sinto sem cessar,
mata-me constantemente,
silencioso e frio.
Faz de mim escravo,
da ignorância, inconstância.
Insensatez...

Aos ventos,
me enveneno.
Apologia ao suicídio,
morrer por palavras,
não digo,
elas ferem.
Fazem da dor ,
inesquecível.


Suicídio por sentir,
a dor que tento,
calmamente difundir.
Entre pessoas,
e seus sonhos,

entre parênteses,
e entes.

Sinto ódio,
destruo.
mas morro,
a cada vez que ele,
intrépido vem a mim,
não consigo evitar.
Acabo por me intimidar,
o deixo dominar...

2 comentários:

*Carol Porne* disse...

Oi!

As palavras podem ao mesmo tempo consolar ou ferir. São como qualquer outro gesto do nosso corpo. As palavras tem força, tem significado e causam dor.
Mto lindo o poema!

Passa lá no meu blog depois...por mais que você já conheça o poema que vai estar lá, vai lá me deixar um oi! rs

Bjos Dy...até a próxima

Marcelo Novaes disse...

Oi, moça.
Muito bem escolhida a imagem da moçoila apertando as pétalas por entre os dedos, com aquela boquinha de ressentimento...
Contagiar as pessoas com nossos venenos...Seria quase inevitável, a não ser que dobremos os joelhos e compartilhemos o que nos envenena só com o Alto...
Palavras bem-ditas as tuas.

Beijos,

Marcelo.